22 de set. de 2009

A guerra....

A GUERRA ...

( Baseado no livro Filosofia para adolescentes, Yves Michaud. )
Yves – Poderíamos começar definindo o que é a guerra? Se faço essa pergunta, o que é, por sorte vocês pertencema uma geração que não vivenciou conflitos. A guerra, para vocês são imagens na TV.
Sultana – Para mim, não exatamente, sou originária da Kabilia, uma região da Argélia, onde não faltam problemas. Lá, assisti a cenas muito violentas...
Yves- Cenas de violência, ruim...mas isso não é a guerra. O que acontece quando há uma guerra?
Sultana – Há mortes, há massacres.
Yves – Os acidentes nas estradas também fazem vítimas. Numa guerra o que é que se usa para matar as pessoas?
Adrien – Armas.
Yves - O que mais? O que caracteriza uma guerra?
Sarah – Há êxodos, pessoas em fuga...
Yves – Certo, são os civis. Mas numa guerra, em primeiro lugar são os exércitos que se enfrentam. Militares, em geral esses militares são bemdisciplinados, organizados. O que mais chama a atenção?
Sultana - Existe ódio... quebra de alianças, violação do respeito, da dignidade. Mentiras que se reafirmam.
Adrien – Há tecnologia também, é graças a Segunda Guerra, que a aviação progrediu.
Yves – Será a Ciência que faz “progredir” a maneira de fazer a guerra ou o inverso?
Tenho vontade de responder “os dois, meu general”. Mas ainda falta mais alguma coisa para definir a guerra, no final das contas, os homens não lutam entre si de graça...
Adrien – durante a primeira guerra Mundial de 1914 a 1918, a França combateu a Alemanha para retomar a Aláscia e a Lorena.
Yves – Quais outras razões se tem para guerrear?
Adrien – o dinheiro.
Sultana – as idéias.
Coline –a religião.
Yves – Vamos tentar por ordem nisso tudo. A gente poderia agrupar numa categoria as guerras de conquista, s que são para ganhar riquezas,Hoje em dia, o problema maior é o da divisão dos recursos. Por exemplo, uma das razões do conflito entre israelenses e palestinos é a água. Naquela região a água é um bem raro e quem a detém, tem o poder. Enfim, há as guerras eternas, como guerras de religião. Há milênios que os homens se massacram por suas crenças. O que acham dessa classificação?
Sarah - Que não há guerras que se justificam.
Yves – temos que ter cuidado para se distiguir as causas da guerra e suas divisões, de cada lado há sempre um monte de “boas razões” para fazer guerra. Por isso é tão difícil acabar com ela.em compensação, se pensarmos que uma guerra tem causas, pode-se agir sobre elas para terminá-la. Vocês acham que pode haver um mundo sem guerra?
Sultana – sempre haverá o grupo que quer brigar.
Coline isso, os homens têm essências diferentes.
Yves – É terrível o que vocês estão falando. Existem no entanto, muitas maneiras de se entender...Podem me dar exemplos?
Sarah – é possível falar, assumir compromissos.
Yves – Discutir, não se deixar levar por suas paixões, buscar a razão, são bons meios de enfrentar conflitos.
Marion – Pode-se deixar de lados os assuntos que se aborrece.
Yves. – é verdade também. Há um provérbio que diz; Se cada um cuidasse de si, não haveria tanta necessidade de cuidar de outros. Mas não é fácil para um país hoje em dia ficar isolado, permanecer neutro. É preciso, muitas vezes, recorrer a um mediador, um árbitro, é o papel das organizações internacionais, como a ONU, tentar resolver os conflitos entre as nações, Evidentemente para o mediador, não é fácil para o mediador. Portanto assinar a paz, nunca é garantido a priori.

Bom esse texto falou ao meu coração e busquei a fonte inesgotável que se chama palavra de Deus, e ouvi:
“Busque a paz e EMPENHE-SE por alcança-la. “ Então é tarefa difícil e não moleza!!!
“ Não há comunhão entre luz e trevas” – isso eu entendo que sempre haverá uma guerra...
“Um reino dividido entre ele mesmo, acabará por se destruir” – soldados feridos!

Há de haver soldados fiéis, com amor pelos soldados feridos de guerra, para tratar essas feridas e nos tornar benevolentes, compassivos, caridosos, generosos... e seguir lutando...
Perplexos, mas não destruídos.
Paz.

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