5 de jul. de 2010

A vida de José do Egito...

José, décimo primeiro filho de Jacó, após ele só havia Benjamim, teve uma trajetória de vida muito penosa e árdua. Filho mais amado por José, filho da esposa mais querida, Raquel; era um jovem ingênuo, que perceptivelmente não tinha noções da malícia que havia nos corações que estavam ao seu redor!
Aos dezessete anos, José teve um sonho, o qual veio a se concretizar muito distante daqueles dias. Recebera do pai uma túnica de carneiro, belíssima, um presente grandioso, e sem pensar que aquela atitude poderia gerar injeva aos seus outros onze irmãos, usou-a de forma inofensiva. Porém, a interpretação de seus irmãos era a de que ele estava desejando ser melhor! Desejando sobrepor-se aos outros, mais velhos e maiores. E ocultamente, armaram-lhe uma cilada, todos os onze os conduziram ao deserto e o venderam aos amalequitas, os atuais ciganos, e retornaram para casa simulando uma tragédia incomparável, de que um animal o havia estrangulado até a morte!
Que dor sofrera aquele pai, que nu, demonstrou seu luto através de panos de sacos de cinza, e jogava cinzas sobre si, e perambulava pelas ruas, como sinal de dor, desgosto e sofrimento. Seus irmãos mais velhos, seguiam brigando entre si pela preferência do pai, e imposição da bênção, esquecendo-se que José não morrera!!! Quanta tolice tentar burlar os planos de Deus...
José tinha a bênção, mas ainda assim, sua vida era estreita. Ao chegar na cidade mais rica do mundo naquela época, Egito, os amalequitas o venderam a um eunuco, Potifar, e serviu-lhe por anos e anos... A Bíblia diz que José era um jovem belíssimo, e a mulher de Potifar, apaixonara-se por ele, tentara -o várias vezes, até um dia que o jovem estava se banhando e ela escondeu-lhe as vestes, este orava a Deus pedindo para seguir obediente diante de tão difícil situação. Quem tem a bênção tem tudo, mas mantê-la é competência do homem. Lembra-se de Abraão? Tinha a bênção, tinha o direito de escolha mas ao se separar do povo de seu sobrinho Ló, deu-lhe a oportunidade de escolha e o mesmo olhando uma campina, que a seus olhos parecia maravilhosa, escolheu ir por ela, e para aonde Abraão fora, foram-se cavando os poços e achou-se muita água, fonte de riqueza, para manter as plantações e gados, e Abrãao foi um homem próspero. mas retornando a responsabilidade humana, Deus tem o encargo de impetrar a bênção sobre quem Ele quer, pois é soberano para isso, mas o homem tem o encargo de manter essa bênção. Perdendo a bênção, esse homem pode andar por caminhos mais ermos, até perceber sua tolice em relação a trocar a bênção, o eterno, pelo momentâneo! Mesmo se dizendo inocente, a mulher de Potifar disse perante todos que José tentou pegá-la com intenções ilícitas. E José fora retirado dali e jogado nos calabolços mais sujos, que existiam na época, os calabolços do Egito. Mas eis que ali deve ter chorado e desejado os agrados de seu pai, o aconchego da família que o vendera...Ali deve ter tido crises emocionais e questionado os porquÊs. Outra coisa que o homem não deve fazer, é questionar a Deus, as perguntas devem ser no seguinte nível: para que? e não por que... Se você pergunta para que, você descobre Deus forjando em você um caráter capaz de ser servido, porque você aprendeu a servir. É como andar de bibcicleta, há coisas que ficam gravadas em nosso caráter para sempre!!!
Mas ele não tinha perdido a bênção, ele não tinha se curvado perante aquelas facilidades, ele sabia que Deus tinha para ele um casamento, mas isso era adiante, no tempo exato, com a pessoa certa! E eis que Faraó, teve um sonho, e consultou aos cartomantes, aos astrólogos da época, e ninguém conseguiu identificar exatamente o que dizia o sonho. Não havia discernimento suficiente para isso... E o mordomo de Faraó já havia visitado o calabolço aonde estava José e esse interpretava os seus sonhos com destreza. Falou-lhe então de José!
-Traga-me esse homem, disse Faraó! Havia o perigo de morrer, caso não fosse correta a interpretação. E José, ao ouvir o relato do Faraó, respondeu-lhe não somente a interpretação mas deu-lhe os caminhos hábeis para se resolver aquela problemática. Homem santo, homem que não se corrompeu em NENHUM momento, por isso, foi recompensando tão grandemente... Nossa bênção é proporcional a nossa capacidade de obedecer, quanto mais se conhece a verdade menos ignorantes nos tornamos, e mais nos será cobrado.
O sonho era, sete anos de vacas magras que se seguiama a sete anos de vacas gordas... E isso viria sobre o grande Egito e como resolver esse impasse?
José interpretou que os sete anos de vacas gordas seriam sete anos de fartura nas colheitas de trigo e os sete anos de vacas magras, seriam sete anos de fome e calamidade sobre o Egito! Para se resolver esse impasse deveria haver uma gestão onde se criasse grandes reservatórios de trigo, nos sete anos de vacas gordas, sem gastos excessivos! E então se poderia servir a todos os povos que viviam nas redondezas do Egito, negociar e ter um bom governo! Faraó creu em sua interpretação e o convidou para ser o governador do Egito, e toda aquela visão de Deus se cumpriu. Cumpriu-se também o sonho que tivera aos dezessete anos, quando como Relações Públicas daquele país, envolvia-se com todos os povos, então, recebeu a seus irmãos, Judá e todos os outros onze, curvados perante ele, pedindo que lhes matasse a fome... José abraçou fortemente seu pai, e cada irmão com o amor que vem de Deus, era como se nada eles lhe tivessem feito... E não somente os serviu, mas os convidou para morar no palácio imperial de Faraó! Homem de coração bom, puro e verdadeiro! Casou-se José com uma hebréia, e teve dois filhos: Manassés ( que significa esquecimento- esquecera-se de tudo que vivera na terra para que Deus o honrrasse) e Efrain ( que significa "prosperarei" ! ) e assim, Deus fecha com esse homem fiel , que conviveu bem com todo o Egito respeitando seus paradigmas e sendo respeitado na sua devoção a um único Deus, o Deus de Abraao, Isaque e Jacó!
Quando olhamos para nossas vidas, não vemos que temos esse nível de fidelidade a Deus, mas a cada queda, se conseguirmos ver que sem a presença de Deus não somos capazes, que precisamos de Deus, e sem os amigos mediante reconhecimento do que ele realmente foi, José não obteria nada!
Ressaltando sua capacidade de lidar com um povo com outros paradigmas, até porque fora abandonado por sua família, e aprendeu a conviver com essas pessoas, que o respeitavam, e tornavam-se amigos!
A paz do Senhor nos acompanhe, e busquemo-na, se a perdermos!!!
"A quem tenho eu além de Ti?
e não há na terra alguém que eu queira mais que a Ti...

Nenhum comentário: